Em editorial, A Tribuna defende reforma da previdência



Na edição deste domingo (3), seguindo o caminho trilhado por toda a grande imprensa, o jornal A Tribuna lançou editorial defendendo a reforma previdenciária. Segundo o periódico, trata-se de uma medida necessária para o país não afundar numa recessão ainda mais grave. É o mesmo discurso chantagista de Temer, que pede sacrifícios aos trabalhadores enquanto a elite deste país não tem nenhum de seus privilégios afetados.

Nem governo, nem A Tribuna, propõe as reformas e medidas realmente necessárias: o fim dos privilégios da casta política, que com apenas oito anos de contribuição recebem generosas aposentadorias; a taxação sobre grandes fortunas, a tributação dos dividendos daqueles que lucram com a especulação e o trabalho alheio. Sobre isso, nenhuma linha, nenhuma palavra.

O governo justifica a reforma com o discurso de que, em 10 anos, economizaria R$ 480 bilhões. Se Temer e os jornais estão realmente preocupados em solucionar o problema, sem arrancar o couro dos mais pobres, podem resolver essa equação de maneira muito simples: ajudando a população a cobrar os R$ 450 bilhões que as empresa devem ao INSS.

Só a JBS, da Friboi, deve R$ 1,8 bilhão. A Vale deve R$ 275 milhões. Os grandes bancos, conhecidos por nunca ter prejuízo e sempre apresentar lucros exorbitantes a cada ano, também são grandes devedores. Caixa (R$ 549 milhões), Bradesco (R$ 465 milhões) e o Itaú Unibanco (R$ 88 milhões) estão na lista. 

Diante disso, questionamentos: por que seguir exigindo dos trabalhadores, que não têm qualquer responsabilidade sobre a crise, mais sacrifícios?

A Frente Sindical Classista da Baixada Santista, com o objetivo de oferecer um contraponto e apresentar uma visão alternativa ao discurso dominante, publicou no mesmo dia Informe Publicitário para mostrar que de reforma a "reforma"da previdência não tem nada. É um ataque. Por isso, precisamos lutar. Nesta terça-feira, às 18 horas, realizaremos ATO PÚBLICO, na Praça da Independência, contra a reforma da previdência, em defesa dos nossos direitos. PARTICIPE!

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